domingo, 17 de agosto de 2025
Espelho
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
As pessoas na sala de jantar.
Cantariam os Mutantes: "As pessoas na sala de jantar estão ocupadas em nascer e morrer". Pois bem. Passaram-se 57 anos desde a famosa gravação no caótico ano de 1968. E desde lá as pessoas se ocupam da mesma coisa.
Já havia escrito em outro texto que, em minha percepção ao menos há uma apatia constante arraigada na sociedade atual. Ao que parece tudo surgiu do acaso, do oco. Nada que temos como direitos foram em nenhum momento conquista de luta. Foi assim por que Deus quis assim.
Em outro momento, talvez as coisas fossem outras. Mas como o 'se' não conta história, o melhor a se fazer é esperar emergir um monstro da lagoa.
O que mudou foi apenas o local. Antes, as pessoas davam-se ao luxo de estar na sala de jantar. Agora estão na sala de reuniões, no metrô, no feed do Instagram. Nascem a cada like, morrem a cada scroll. A vida virou um loop de atualizações, e a revolução foi substituída pelo botão 'compartilhar'.
Parece que a sala de jantar dos Mutantes virou um pedido do Ifood. A mesa é conjunta mas cada um está em uma fatia diferente do mundo.
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Injustiça legalizada.
Acordo com a notícia que um jornalista foi assassinado por Israel na cidade de Gaza. Mas para Israel, não era um jornalista, mas sim "membro do Hamas".
A lógica é esta: está vivo, respirando e relatando as atrocidades cometidas pela IDF, é um terrorista. Independente da origem, da etnia, da religião.
Israel diz erar em uma luta do bem contra o mal. Mas o mal, ao que parece está em todo o lugar.
Se uma escola foi bombardeada: era um quartel do Hamas.
Se um hospital foi destruído: haviam membros do Hamas lá.
Se jornalistas, crianças famintas foram assassinadas em busca de comida: eram infiltrados do Hamas.
Mas para a maioria da população brasileira, Israel está correto em cometer tais atos, afinal é o 'povo escolhido por Deus'. Além do mais, não é incomum em passeatas de direita pessoas usarem a bandeira de Israel, alegando se tratar de um Estado cristão..
É controverso amar um Deus justo e ao mesmo tempo defender um país que mata crianças na fila de comida, assassina civis inocentes, ocupa áreas de maneira ilegal e tudo isso debaixo de um discurso de legitimidade.
Além de controverso, é nojento e asqueroso.
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