terça-feira, 22 de julho de 2025

Patriotismo seletivo.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em sua viagem aos Estados Unidos. Até aí, nada de novo. A família Bolsonaro possui verdadeira fixação com a terra do Mickey e sempre que pode quis colocar o Brasil como uma colônia do Tio Sam. É um "patriota" que odeia o país em que vive.


O deputado (sim, deputado) está sendo pago com nossos impostos para realizar em solo americano uma micareta golpista junto de seu amigo, o filho do ex-ditador João Figueiredo, Paulo Figueiredo. O motivo alegado pela dupla é "expor aos veículos de mídia americanos a censura e perseguição" que, de acordo com eles, estaria ocorrendo com o pai de Eduardo. O que aconteceu na esteira desses fatos foi que o presidente americano Donald Trump resolveu impor uma taxação de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA. Eduardo quase teve um orgasmo ao saber que o seu mentor intelectual estaria retaliando seu próprio país de origem.

 Além disso, o filho 01 do capitão afirmou também que o mandatário dos Estados Unidos pode relaxar as tarifas se o Congresso colocar como pauta a PL que trata da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ou seja, chantagem pura e simples vinda de um deputado mequetrefe que nunca fez nada de útil pelo próprio estado que sempre o elegeu.


Agora eu imagino se as coisas fossem diferentes. Caso Bolsonaro tivesse sido reeleito, como as coisas estariam se um parlamentar de "esquerda" fizesse a algazarra que o Dudu está fazendo contra nosso próprio país? Será que a mídia estaria tratando dessa situação com toda a calma e parcimônia que estamos vendo?


Possivelmente não.


Depois de todo esse imbróglio, Jair Bolsonaro foi obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica e a se abster de usar redes sociais por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes. A ordem é clara: ninguém solta o tornozelo de ninguém. O que resta é a indignação com a postura de um parlamentar que parece priorizar interesses externos e pessoais em detrimento da nação que deveria representar. 


Além disso, chama a atenção o silêncio seletivo de governadores bolsonaristas. Aqueles que frequentemente se declaram patriotas e utilizam suas redes sociais para se manifestar sobre diversos temas, desta vez, não se pronunciaram em defesa dos interesses dos estados que governam diante dessa taxação. Um "patriotismo" bastante peculiar, não acha?

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